segunda-feira, 10 de agosto de 2015

De Bonito a Campo Grande via Miranda

 


Rodoviária de Bonito
  - Que horas tem ônibus para Bodoquena? Perguntei no guichê da empresa Cruzeiro do Sul na Rodoviária de Bonito. 

- Tem um ônibus às 13h - respondeu a atendente. Eu disse então que queria uma passagem Bodoquena. Ela me informou gentilmente que a passagem só se vende na hora por que o ônibus já vem de outras cidades e ela não sabia se havia lugar. Meu plano original era ficar o resto do dia em Bodoquena e talvez dormir lá. Até pensei ir até a Morraria rapidinho e só no outro dia ir para Miranda pela manhã, dar uma voltas na cidade e à tarde ir para Campo Grande. Eu deveria estar no Aeroporto de Campo Grande por volta das 21h, do dia seguinte para encontrar com um amigo que vinha de Cuiabá e viajaria para Foz do Iguaçu comigo. O carro dele, no qual eu viajaria de carona, estava no estacionamento do Aeroporto Afonso Pena na capital. Assim, desisti de ficar em Bodoquena.  "Vai que não tem ônibus", pensei. Depois de ver ônibus - vans partir para Maracaju, Campo Grande e outros lugares finalmente chegou o nosso ônibus, ou melhora nossa van equipada com uma carreta para as maetas. Corri para o guichê. Conseguimos comprar passagens. Havia eu indo para Miranda; um casal dinamarquês indo para Corumbá e uma família indo para Miranda e daí para uma fazenda. 




Embarque no ônibus-van para Corumbá via Miranda
 A nossa van, saíra de Ponta Porã na fronteira com o Paraguai com destino a Corumbá, fronteira com a Bolívia. Uma longa viagem. Finalmente saímos de Bonito e pegamos a, para mim, familiar estrada para Bodoquena.  Com menos de 40 minutos de estrada encontramos uma comitiva em viagem para algum lugar. Uns três boiadeiros viajando com pelo menos 300 vacas e bois ao longo da rodovia. Uma bela visão e um belo motivo para que os passageiros da Van começassem a conversar.




A passageirinha gostou de máquina ...
A arte zen de liderar comitiva
Tive saudades de minha extensa vivência com boiadeiros, membros de comitivas de gado de anos anteriores. A nossa van, saíra de Ponta Porã na fronteira com o Paraguai com destino a Corumbá, fronteira com a Bolívia. Uma longa viagem. Finalmente saímos de Bonito e pegamos a, para mim, familiar estrada para Bodoquena.  Com menos de 40 minutos de estrada encontramos uma comitiva em viagem para algum lugar. Uns três boiadeiros viajando com pelo menos 300 vacas e bois ao longo da rodovia. Uma bela visão e um belo motivo para que os passageiros da Van começassem a conversar.

Demora atravessar a comitiva ...


Ainda bem que ainda existe boiadeiro
Nossa co-passageira europeia ganhou o dia vendo a comitiva
Em Bodoquena desceram alguns passageiros e subiram novos. É o caso da menina cadiuéu e família que ficaram na pequena mais ótima cidade. Eu gosto muito de Bodoquena. Ao meu lado sentou-se Anestino Francisco da Silva. "Mas todo mundo me chama de Neguinho", disse o novo passageiro. Ele viajava para o local de emprego na Fazenda da Fundação Bradesco. Com sorte em duas ou três horas mais ele chegará lá. É longe. Ele foi um bom guia. Passando na frente da propriedade do Exército Brasileiro onde funciona o Campo de Instrução de Betione ainda em Bodoquena, o Neguinho adiantou: "Este é o último lugar preservado da região. O resto o povo foi derrubando", disse. Betione é um riozinho que muito lembra aos de Bonito. "Veja tem gente catando guavira", mostrou apontando com o dedo. "Toda a região é um guaviral", descobri que Bodoquena é o coração da região "guaviraleira" do Brasil. Pena que Miranda chegou logo, nem deu tempo para ver direito a entrada da cidade. A cidade não mudou muito. Desci na rodoviária e intercambiei telefone com o Anestino. Qualquer dias desses eu ligo para ele. Ele é um grande conhecedor dessas terras, fauna, flora, gente e gandaia dessa terra de grandes fazendas. 

Saindo de Miranda rumo a Campo Grande

Toda a viagem que fiz de Foz do Iguaçu Bonito, Miranda e Campo Grande durou menos de 60 horas. Nesta viagem não passei duas horas em Miranda. Cheguei na cidade, por voltas das 15h e saí lá pelas 17h. Logo decidi que seria melhor partir para Campo Grande. Assim me vi abordo de um ônibus da Andorinha ruo à capital do Mato Grosso do Sul. O ônibus estava confortavelmente cheio. Quer dizer não havia ninguém a pé mas não havia espaço para tirar fotos. Um dos motivos é que a maioria dos passageiros fazem a viagem com frequência e eles preferem dormir. Para isso fecham as cortinas O ônibus já vinha de Corumbá e para quem enfrenta essa viagem as últimas duas das seis horas são difíceis.   
Passageira aproveita a viagem longa para dormir  
Tenho centenas de horas abordo de ônibus da Andorinha. Entre São Paulo e Miranda, Miranda - São Paulo, Miranda - Corumbá, Miranda - Fundação Bradesco, Miranda - Buraco da Piranha e até Miranda - Lampião - Aceso. Este último um posto da Polícia Rodoviária na PRF na BR-262 Km 714. Era uma época de aventura onde eu pegava ônibus para ir até certos ponto de onde partiria para travessias de bicicleta. Do Lampião Aceso dava para dar a volta e sair no Porto da Manga às margens do rio Paraguai, Era um circuito muito interessante. Pelomenos uma vez, aproveitei e segui em frente rumo ao Buraco da Piranha próximo a outro posto da PRF.  
Um dos lugares que mais gosto na região: a serra de Piraputanga em Aquidauana






terça-feira, 28 de julho de 2015

De volta a Bonito (MS) 20 anos depois




Juca Ygarapé recebe o agente de viagens Fernando Martin de Foz do Iguaçu
Quando a família de Lourival da Silva Júnior, o Juca Ygarapé, trocou Itajaí, Santa Catarina por Bonito, Mato Grosso  do Sul, não podia ter tomado uma decisão mais acertada.  

O pai, abriu uma oficina mecânica e os filhos trabalhavam na agricultura. “Não como proprietário de terra, era como peão mesmo”, lembrou Juca. Uma das lavouras em que trabalhou ficava ao lado do Abismo Anhúmas, hoje umas das atrações de Bonito. Com um tino acertado de que o local oferecia o que muita gente buscava.  "Toda vez que via o Abismo Anhumas, eu dizia um dia vou mergulhar ali”, contou. 


Os primeiros clientes não oficiais eram amigos de Bonito que iam morar em Campo Grande e outras capitais para estudar. “Quando voltavam a gente organizava visitas a esses lugares”. Neles, faziam flutuação, mergulho, escalada e caminhadas. Hoje Bonito oferece cerca de 37 atrativos divididos em dez atividades: flutuação, aventura, rapel, mergulho, grutas, cachoeiras, balneários, contemplação e atrativos urbanos  (Ver lista com atrativos e suas categorias). A mudança da agricultura e mecânica para o turismo foi lenta mas pouco a pouco coisa se profissionalizou.Hoje, a Agência do Juca, a Ygarape e outras empresas do grupo estão por trás da maioria das imagens subaquáticas profissionais feitas na Gruta do Lago Azul, filmagens subaquáticas de anacondas (sucuris) debaixo d’água e no abismo Anhumas. Ele também mantêm a Mergulho Bonito que incluem cursos de mergulho.

Uma das muitas charmosas lojas da Pilad Rebuá
Chegar a Bonito quase 20 anos após minha primeira visita foi uma grata surpresa. A via principal, a Avenida Coronel Pilad Rebuá  lembra a de uma cidade balneário com gente andando  nas ruas, com lojas e escritórios de agências de turismo abertos até as 22h dá um charme especial à cidade.  A Avenida que passou por uma revitalização concluída em 2009, é rica em ofertas de artesanato, roupas, lembranças além de restaurantes e bares e muita gente na rua. A Prefeitura da cidade e Câmara de Vereadores também ficam na avenida logo atrás da Feira do Artesão inaugurada em 2012..

Instituições - Por curiosidade, entrei na Prefeitura de Bonito. Afinal além de ter grutas e cavernas, nascentes e rios límpidos, Bonito tem gente que faz a cidade.  Descobri uma placa que atesta a idade do prédio concluído em 1953 na gestão de Fernando Corrêa da Costa. Encontrei uma porta amarela onde havia uma placa onde se lia: Secretaria de Comércio e Turismo. Logo à frente, uma outra porta, também amarela, entreaberta me deparei com a jornalista Naiane Mesquita assessora de comunicação da Prefeitura. Expliquei minha mania de entrar em lugares não turísticos de cidades turísticas. Valeu a pena, além de ser bem recebido, Naiane me deu um material institucional da cidade.  Copiei umas fotos do material. À frente, visitei o Centro da Estratégia de Saúde da Família onde funcionam diversos programas. Vi muitas mães chegando e saindo com carrinhos de bebês, bicicletas com cadeirinhas e a pé. 

Algumas me informaram que seguiam protocolos de vacina, acompanhamento e prevenção. Seguindo a avenida, encontrei a Farmácia Municipal onde os cidadãos podem retirar remédios receitados pelo sistema de saúde. O prédio fica em uma esquina. Uma placa – indicava o banheiro. A particularidade dessa placa em uma farmácia municipal era que a indicação “Femenino” e “ Masculino” estavam acompanhada de sua tradução em inglês “Woman” e “Man”. Entrei no posto e contei a história a um funcionário sobre minha mania de entrar em espaços públicos locais para ver como funcionam e elogiei a indicação em inglês sobre a divisão de gêneros relacionadas aos banheiros.  “Tem muito estrangeiro na cidade e todo mundo precisa de banheiro assim veio a idéia de indicar o banheiro e disponibilizar para turistas”, explicou. 

No outro extremo da avenida, ou melhor onde ela começa, está a Praça da Liberdade, revitalizada em 2007 – a principal da cidade. Na praça há hora em que há fila de pessoas aguardando o ângulo de visão para fazer fotos.  Chama a atenção o Monumento Piraputangas – o monumento que homenageia o peixe mais famoso dos rios limpos e límpidos das águas desta área da Bacia do Rio Miranda. A segunda atração fotográfica é a do pioneiro e fundador de Bonito Luiz da Costa Leite Falcão.   Na praça, outro  monumento chama a atenção. É a charmosa e bem cuidada Capela Sagrada Família de Bonito.  

Aeroporto – O Aeroporto de Bonito foi inaugurado em maio de 2010. Um ATR da Azul liga a cidade de Bonito a Campinas em São Paulo todos os domingos. Outro voo da mesma empresa, desta vez fretado pela CVC liga o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) ao Aeroporto de Bonito. No domingo, dia 23 de novembro, eu estava em pé em cima de um cupinzeiro aguardando a chegada do voo Charter (Fretamento) da CVC. 

Eu queria ver quem chegava e quem partia. Quando o EMB 195 abriu as portas desembarcaram 105 pessoas. Quem chega nesse vôo no domingo, só volta para casa no outro domingo.  Uma invejável permanência de uma semana.  Quem chega em um voo se encontra com quem vai embora no saguão do Aeroporto de Bonito administrado pela DIX Empreendimentos – empresa com sede em Recife que também administra o Aeroporto de Fernando de Noronha, ambos equipamentos estaduais. Do alto do cupinzeiro  gravei na memória os rostinhos da maioria dos turistas. Uma hora mais tarde comecei a ver a maioria deles na Avenida Pilad Rebuá. Em pleno domingo, à tarde, eles eram recebidos em restaurantes, bares, sorveterias, lojas de lembranças, roupas.

Como o voo é fretado, todos os passageiros são recebidos pelo Receptivo CVC da cidade sob o olhar de Diones Nunes Pinheiro, chefe da base receptiva. Se todos são recebidos pela CVC não é necessário táxis no aeroporto. E como eu voltaria para Bonito se não havia táxi ou ônibus? A resposta e a salvação vieram do Juca Ygarapé. Foi ele quem me colocou em contato com Diones e pediu uma carona para mim. Assim, conheci Diones e obtive mais informações sobre Bonito. Algumas fotos da cidade de Bonito







Capela Sagrada Família na Praça central (1928)
Interior da Capela - vale a pena passar uns minutos para reflexão

Luiz da Costa Leite Falcão

Homenagem ao fundador da cidade
Monumento à piraputanga

Sede dos Correios - prédio já histórico

Naiane Mesquita, a jornalista encarregada da comunicação

A Secretaria de Turismo e afins


Parede frontal de residência decorada com ágatas
Farmácia Municipal e as placas indicativas de banheiros em inglês e português. 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Campeonato de River SUP no rio Iguaçu / Foz do Iguaçu

O meu colega, o fotógrafo Marcos Labanca postou / compartilhou em seu Facebook o anúncio da Iguaçu River Sup que nos dias 7 e 8 Foz do Iguaçu vai realizar o 1º Campeonato Brasileiro de River SUP. River Sup não quer dizer Sopa de Rio como me pareceu. É o 1º Campeonato  Brasileiro de Stand Up Paddle Fluvial. Vai ser no cânion do Rio Iguaçu, falando em cânion, você sabe onde fica: nas Cataratas do Iguaçu. Tem gente fazendo "Sup" ou melhor tem gente supando nos sete mares. Mas um campeonato de SUP em rio brasileiro parece ser a novidade. No site (facebook)  oficial do River Sup Brasil descobri que  em inglês remar em pé em pranchas de remar já ganhou até um verbo: to sup (supar). O novo verbo inglês já está em uso com gente dizendo "Where do you sup?" Outro exemplo "Is Foz do Iguaçu a good  place  to sup? E você tem prancha? Vai supar? Os prêmios passarão de R$ 15 mil. Ocuppy nossos rios!  Boa ideia para tentar no rio Miranda!
   

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

God's people

I have never seen a Catholic priest or nun in Miranda. Where are they? I have got to tell the pope. They should be doing something to stop this. There are so many new gospel churches materializing in the little town that I think something is wrong. My neighbors are good example of what is happening. The situation is weird and is similar to a collective brain washing operation.

These people live in Miranda – an old town (over 200 years, old for Brazil) existing on top of a fantastically beautiful land. These people know nothing about this land. In the meantime they spend their days and whole nights singing about Jerusalem, Israel, Hebron and Mount Zion. Why don’t they sing instead to the Bodoquena Mountains, the Miranda and Salobra Rivers, the Cerrado, the Carandá Palms and the flowering Paratudo forests?

Aren’t these also part of the creation of God? How can a people live on a land so long and konw so little or care to know so little about it? Not care about how to protect the locally available nature that God supposedely created? – The animals, the birds, the hyacinth macaws? How can they talk of the Lion of Judah when they know nothing about, kill or don’t care to kill the Jaguar of Miranda? That is why I tell you: there is no way the discipline of ecology can prosper and survive among these God’s People.

The message is that man is not part of nature – he (preferrably “he”) is a master over it; everything was made by God with man in mind. The fish, made for him to eat. Water was made for him to drink, wash himself, swim in, and in the case of rivers, for man to throw and dump garbage in them, sewer in them. The flowers of the earth were made for him to smell, for man to see and give glory to Him – God; mountains and valleys and rivers and seas were made for Him to entertain his eyes, to produce food for him. All the animals are food to man – only man matters. Animals like the jaguar can be killed if they are thought to be a threat for the chickens of man – since they are man’s food supply. A pentecostal, a Jehovah’s Witness, a Mormon, an Evangelical, a Lutheran, a Catholic can so easily talk – in these latitudes – of how he killed a jaguar, an opossum, all for the same reason – opening up new spaces for man, his faith anmd his food supply. How many animals of Brazil are condemned because of man’s domesticate animals for food supply!

Besides living on the land without knowing anything about it or caring to – they spend days – like my landlady, dreaming of and singing about getting the hell out of here as quick as possible. “A hora está chegando para o povo de Deus ir embora” says the song I hear 30 times a day and which means “the time is coming for God’s Peope to go away”. Yes they are waiting and awaiting for the glorious day when they will go. Where to? They don’t know. It may be Jerusalem, not the real Jerusalem where all these mess began and where, even today, people are burned aboard buses when they thought they were going to work. There is another Jerusalem and they are going there. They just have to keep on singing praises to the Lord.

He, the Lord, made everything there is. He finished his work and is now resting. He does nothing else because all is done. His most important business is to listen to the praises of his People left in Miranda, Aquidauana, the Bodoquena Mountais, the Maracaju and Piraputanga Ranges. That is the mission of God's People in the Pantanal.

I have known dictators like Alfredo Stroessner (Paraguay), Idi Amin Dada (Uganda) who not only welcomed praises but also rewarded those who sang praises to them with jobs, political positions, money, land and millions of poor people to serve them. Should I be led to think that God is something like a dictator from Uganda, Paraguay, or any of thousands of Brazilian mayors who love puxa-sacos (ass kissers) and who reward them accordingly? Are all these people trying to say that God is a corrupt leader who loves to be praised and rewards the blind praisers while boycotting the neutrals and shooting down opponents?

God, I would hope, has got to be bigger than that. Must be so big as to live so high up that must not care whether you sing praises, curses or scorn him. He, God, must even laugh – like I do, when he hears people saying or suggesting that he is a psychopath that feeds on praises, needs ego massages, every nanosecond through eons and eons forever and ever. What a pitiful situation for us – I mean, God and us! Amen!

Miranda, Feb,1993

Pantanal: a tough loving place

Esse texto foi escrito em inglês. Assim que for possível, eu o traduzo!

Now I know why the Pantanal has been preserved after 200 years of Western-style cattle rasing and exploitation like fishing, hunting and so on. Mosquitoes. It is hell on earth. This is my first winter here. I had never expected that it could be so wet, that it could rain so much, that there were so many species of mosquitoes, that life of pantaneiros could be made so miserable. In the subject of mosquitoes, there is one that is all white, fast and looks like a white shadow and worse, it is not a friend of diplomacy. When it stings, you feel. There is a variety that is heavier than the shadow and that swarms into people's skins by the hundreds.

Last January I walked 12 kilometers on the Pantaneira Road, with, anytime, 400 of them following me, landing over me, buzzing around my head. There were so many of them that my nose started to itch and I ended up developing a sneezing crisis. One day, I had prepared lunch for four of my mountain bike tourists from Japan. Lunch, I phantasized, had to be by the paradise-like Abrobral River area where I once spend one whole Pantanal summer camping out. It had to be perfect and unforgettable. Unforgettable it was. No one ate. No mouth could be opened. No one dared to think of sitting down. I lost US$ 15 per person right there and later on I had to give money back to my hungry tourists. That is called money back guarantee.

There are all sizes of mosquitoes too. There is a huge one, nealy half an inch long. Good biter, too. But the one that really irritates me the most is a tiny one that has developped the ability to fly without leaving the place. Flies without going anywhere. When you look at it, it is there flying with a buzz. Then you think it is easy to just slap it down and off the area. A mistake! They react and fly sideways, up or down while keeping the wise distance of always being about a foot from you. I think the world military would love to have an aircraft or flying object like that. It would be able to fly and hover over enemy position, bombing the enemy and defending itself by just flying-sliding sideways. Besides causing material damage to to enemy positions, it would leave the enemy forever traumatized, and sick of war.
You have got to love the Pantanal to stay here, live here. This is tough land and I am glad I have had this privilege. Even though I have become forever traumatized by the white shadow mosquito and his sideway-flier-slider friend.

Written in Miranda, March 14, 1996
Somewhere down the Avenida J.Pedro Pedrosian

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Paraguai 200 Anos! Mapa antigo: época em que rio Miranda era o limite norte do país vizinho

O Paraguai vai completar 200 anos nos próximos dias 14 e 15 de maio. Para marcar a data, a Editorial Tiempo de Historia, lançou uma edição limitada de 500 exemplares do livro Viaje al Paraguay en los años 1818 a 1226 escrito pelo médico e naturalista suíco J.R.Eengger que percorreu o Paraguai um pouco depois da revolução que levou à independência e à ditadura de José Gaspar Rodriguez de Francia. O livro foi recebido com crítica positiva pois ele abre uma pequena janela para a vida cotidiana, relações sociais, natureza, topografia, limites territoriais e informações que se perderam. O livro traz um mapa do Paraguai da época em que o limite norte do País vizinho era o rio Mbotetey (Mbotetei), o atual rio Miranda no Mato Grosso (hoje) do Sul que antes de ser chamado Miranda foi chmado também de rio Mondego pelos portugueses devido aos problemas de geopolítica da época. Outros dados reveladores incluem informações sobre a escravidão no Paraguai. O Paraguai teve escravos sim. O que o Paraguai nunca fez foi importar escravos da África porém empreendedores locais compravam escravos em Buenoas Aires. Segundo Renggen a situação do escravo no Paraguai era melhor que a dos escravos da Argentina e do Brasil. Não havia "pelourinho" e o escravo podia ter até regalias impensáveis em outras "escravolândias". Ranggen lança luz também sobre a escravidão na Argentina. Buenos Aires já teve tantos escravos negros que a população negra era maior que a dos europeus. Para se livrar da população negra, os negros portenhos eram alistados no serviço militar para fazerem parte de uma divisão de infantaria que se deslocava ao Alto Peru. Depois de oito anos de serviço eles ganhariam a liberdade. Mas, infelizmente, poucos voltaram, a maioria da população negra de Buenos Aires foi destruida pelo frio nos Andes.